Este sedã, que foi chamado por muitos de "Santana da Ford", não fez sucesso por ser uma adaptação da segunda geração do carro da Volkswagen aos detalhes de estilo da marca americana, por não trazer os requintes do Del Rey e pelas características que não condizem com um Ford, além de diferenciais de estilo nada convincentes. Tudo isso explica por que o slogan de sua campanha, o "Estilo e Personalidade" é incoerente e sem sentido, ao contrário do "Questão de Requinte" de seu antecessor, coerente e verdadeiro.
Na foto acima, um GL de quatro portas.
A campanha de lançamento do Versailles, em julho de 1991, com um modelo Ghia 2.0i (top de linha) em sua versão inicial de duas portas. Este Ford foi o segundo clone brasileiro, precedido apenas pelo Apollo, clone do Verona da primeira geração.
A campanha de lançamento do Versailles 4 portas, em 1992, apresentava além das portas traseiras, outras novidades como o sistema de freios antitravamento (ABS) e o catalisador, e claro, o bom desempenho e itens de conforto como a direção hidráulica. Mas mantinha o slogan incoerente.
Um Ghia de 1994: recebeu interior semelhante ao do Del Rey e se destacava pelos itens de conforto que oferecia, como toca-CD, volante com regulagem de altura, acabamento interno em couro e teto solar com comando elétrico.
Um Ghia de 1996, seu último ano, já com a reforma estética feita no ano anterior.
A Limited Edition, série especial derivada da versão GL, que marcou a despedida do Versailles.
Fruto da Autolatina, foi
lançado em julho de 1991 para suceder o bem-sucedido e já saudoso Del Rey, que saiu de linha na mesma época. Vinha
inicialmente apenas com duas portas, e era confundido com um importado, a exemplo do Santana de segunda geração
lançado três meses antes, com quem compartilha o projeto, em acabamentos GL (de
entrada, com motor 1.8 ou 2.0), e Ghia (de topo, sempre com a unidade motriz de 2 litros, que tanto podia ser a
carburador como a injeção eletrônica). Ambas as versões podiam vir tanto a álcool
como a gasolina, exceto o Ghia com injeção. Nesta última versão, o Versailles se tornou o carro brasileiro mais veloz, deixando para trás modelos esportivos como o Gol GTi, que usava o mesmo motor AP-2000i, mas o sedã levava vantagem pelo projeto recente e pela melhor aerodinâmica, apesar de ser mais pesado. No final do ano, era lançada a versão
de quatro portas, e chegavam o catalisador, para atender as novas normas antipoluentes, e
a oferta de freios antitravamento (ABS), tecnologia que compartilhava com seu
clone da Volkswagen. No entanto, o médio da Ford teve poucas mudanças interna e
externamente em comparação ao Santana, boa parte delas controvertidas, como a
pintura em preto-fosco na coluna traseira e o volante antiquado de dois
raios, este muito criticado por ser feio e ter uma pegada ruim. Os comandos do ventilador e do ar-condicionado eram os mesmos do Santana
de primeira geração, as teclas de faróis, pisca-alerta e desembaçador eram
semelhantes as do Corcel e não havia o acabamento requintado de seu
antecessor. Em 1993, mudanças pequenas: novo ar-condicionado, função um toque e
proteção anti-esmagamento nos vidros elétricos e novo alarme com acionamento
pela chave. Chegava também o carburador eletrônico, que dispensava o afogador, mas deu muitas dores de cabeça aos usuários. Em 1994, chegavam novidades: injeção
eletrônica FIC para toda a linha, novo acabamento interno (semelhante ao do Del
Rey), novas supercalotas para o GL e novas rodas de alumínio para o Ghia, e opções
de teto solar elétrico, CD Player, bancos revestidos em couro (os dois últimos somente no acabamento de topo) e volante com regulagem de
altura. Mas neste ano, o modelo sofre um golpe: o encerramento da Autolatina. Ainda
assim, devido a um acordo no qual a Ford e a Volkswagen suportariam produtos
híbridos durante dois anos, o Versailles permaneceu sendo produzido
normalmente. Para 1995, chegava mais uma novidade: injeção eletrônica para as
versões movidas a álcool. Em março do mesmo ano, o sedã ganhava novo
acabamento, com a eliminação da extensão superior das lanternas traseiras e da
pintura em preto-fosco nas colunas posteriores, além de nova grade dianteira e
aerofólio com terceira luz de freio integrada (brake-light) no Ghia. Por dentro, mudaram o painel, o
quadro de instrumentos e o volante, que passou a ser de quatro raios. A antena
passava a ser integrada ao pára-brisa e as versões de 2 portas deixaram de
existir. Quando esses melhoramentos foram introduzidos no Versailles, já era
tarde. Pouco antes, em fevereiro, a Ford começou a importar o Mondeo para o seu lugar, a exemplo do
Fiesta espanhol, que era trazido para o lugar do Escort Hobby, e o modelo belga
com todos os opcionais e tecnologicamente mais avançado, saía mais barato que o
modelo brasileiro na mesma condição. Em 1996, mudavam apenas as opções de cores, e foi lançada a versão Limited Edition, baseada no GL, com rodas de alumínio e o logotipo nas laterais. O Versailles despediu-se do mercado no final do mesmo ano.
Carro excelente, não quebra facilmente, macio, excelente para viajar, melhor motor que eu conheço. Bom, bonito e barato.
ResponderExcluirVerdade. O Versailles tem uma relação custo-benefício super legal. Você leva um completo por menos dinheiro que um popular zero-quilômetro sem nada. Se você achar um Versailles que foi guardado como relíquia, melhor ainda. Eu já vi na Internet exemplares do Versailles em estado impecável e com baixa quilometragem.
ExcluirSempre achei o versailles mais bonito que o santana. Aqui na rua de casa sempre passa um bem conservado.
ResponderExcluirQuem tem um Versailles bem conservado não troca por nada. Aliás, quem tem quaisquer carros dos anos 90 que esteja conservado, não troca por nada. Já vi donos não só de Versailles, como também de Monza, Kadett, Omega, Opala, Vectra, Del Rey, Santana, Tempra, Escort XR3, Gol GTi quadrado dizendo que estão satisfeitos e que não trocam seus carros por nada.
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