A Corsa Wagon teve pouco êxito por conta de seu design, que parece um alongamento da versão hatch de cinco portas, e do espaço interno e de bagagens modesto para sua categoria, embora conservando as qualidades de seus companheiros de linha. Na foto, uma GLS de 2000.
Lançada em 1997, esta perua veio para completar a linha Corsa, que já oferecia as versões hatch de três e cinco portas, sedã e picape. Vinha em acabamentos GL (de entrada) e GLS (top de linha), ambos com motor 1.6, sendo oito válvulas no primeiro e dezesseis válvulas no superior. Neste acabamento, o motor de quatro válvulas por cilindro era agora nacional, com 102 cv de potência, no lugar do importado de 108 cv que equipou o Corsa GSi, extinto desde o ano anterior. Ambas as versões tinham um interior bem acabado e agradável, mas o espaço para os passageiros e as bagagens era pequeno para sua categoria. De resto, a Corsa Wagon tinha as qualidades de seus companheiros de linha. Ao mesmo tempo foi lançada sua concorrente da Fiat, a Palio Weekend e dois meses antes chegou a Escort S.W. da Ford, mas esta é uma perua média, a exemplo das então já veteranas Ipanema e Quantum - derivadas de Kadett e Santana, respectivamente. Já a adversária da Volkswagen, a Parati, ainda vinha somente com três portas e foi reformulada para a linha 1996, quando a marca da gravata tinha Ipanema e Suprema como representantes neste segmento. A Corsa Wagon oferecia terceira luz de freio (brake-light), banco traseiro bipartido, conta-giros, sistema de áudio com mostrador separado, direção hidráulica, faróis com regulagem de altura, trio elétrico, freios antitravamento (ABS) e ar-condicionado em ambas as versões. A GL tinha rodas de aço aro 13 com supercalotas e pneus 165/70 e retrovisores sem pintura e a GLS adicionava rodas de alumínio aro 14 com pneus 185/60 (opcionais no acabamento de entrada) e grade, maçanetas, pára-choques e retrovisores pintados na cor do carro. Para a linha 1998, a Corsa Wagon passava a representar sozinha a General Motors no segmento de peruas, uma vez que a Ipanema deixou de ser produzida. Os emblemas das versões passaram para a tampa do porta-malas ao lado do emblema "CORSA", e a versão GL ganhava a oferta de câmbio automático de 4 marchas com monitoramento eletrônico. O volante passou a ser o de três raios, igual ao que equipava Vectra (da 1ª geração), Monza e Kadett. A versão GLS ganhou rodas de alumínio com novo desenho. Na linha 1999, as novidades foram a oferta de bolsas infláveis, aprimoramentos na geometria dianteira e na calibragem da suspensão e antena incorporada ao pára-brisa, estendida somente em 2000 ao Vectra e solução já usada na concorrente Parati, no Gol e nas linhas Santana/Quantum e Versailles/Royale, sendo a última extinta desde 1996. A perua recebeu a versão Super, com motor 1.0 de quatro válvulas por cilindro e 68 cv e passou a ser produzida na Argentina, de onde vinha pelo Mercosul, como já acontecera com Voyage 4 portas, Prêmio, Silverado, Polo Classic, Siena e Escort/Verona. Amortecedores pressurizados e tanque de combustível em plástico foram as outras novidades técnicas. A versão GLS de oito válvulas substituía a GL. A linha 2000 trazia capô com dois vincos, novo pára-choque dianteiro - com saliências nos extremos e locais previstos para faróis de neblina (disponíveis no acabamento de topo), e lanternas traseiras com "bolhas" e parte fumê. Ambos os acabamentos traziam um interior agradável apesar das tonalidades escuras, inconvenientes para um país tropical como o Brasil. Neste ano, 1,3 milhão de proprietários de Corsa foram chamados para que um grave defeito nos cintos de segurança dianteiros fosse consertado. Todos os modelos da linha Corsa (que incluía hatches de 3 e 5 portas, sedãs, picapes, peruas e o Tigra) fabricados entre 1994 e 1999 apresentavam o problema. A peça de encaixe do cinto ficava propensa a desgastes conforme o uso, o que poderia provocar o desprendimento do cinto no caso de um acidente.
Na linha 2001, chegavam faróis com refletor de superfície complexa e lente de policarbonato, esta estendida ao Vectra em 2000 e que a picape S10 já dispunha desde que foi lançada, em 1995. Por dentro, os encostos de cabeça passaram a ser inteiriços e a versão menor passava a oferecê-los também no banco traseiro. A perua vinha em acabamentos Super, com motores 1.0 e 1.6 (este opcional), e GLS, somente com o motor superior. Em meados do ano a Corsa Wagon deixou o mercado, uma vez que a GM passou a oferecer a minivan Zafira como opção de veículo familiar, lhe roubando fôlego como era esperado. Esta tinha o atributo da capacidade para 7 pessoas, enquanto as concorrentes franco-brasileiras - Picasso, da Citroen e Scénic, da Renault, tinham somente cinco lugares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário