quarta-feira, 16 de outubro de 2013

SP2 (1972 - 1976)

O SP2 agradou pelo arrojo das linhas, mas decepcionava no desempenho e saiu de linha rapidamente, devido as estratégias de marketing da matriz alemã da Volkswagen.


Lançado em 1972, o SP2 era um esportivo construído sobre a plataforma da Variant e tinha motor 1.7 - derivado do 1.6 que equipava o restante da linha Volkswagen refrigerada a ar. Foi lançada uma versão chamada SP1, com esta última motorização, mas que não chegou a ganhar as ruas. O SP2 foi a versão que prevaleceu, mas tinha o mesmo fraco desempenho do SP1, que sonegou a esportividade que o modelo propunha com as linhas arrojadas, e os consumidores o apelidaram de "Sem Potência". Outro detalhe que depôs contra este esportivo era a carroceria em aço, que o deixava mais pesado que os Puma (feitos de fibra de vidro e que ofereciam melhor desempenho). O preço deste VW era elevado por conta da produção em pequena escala, e o que se pagava nele dava pra comprar dois Fusca 1.3. Os números de desempenho eram velocidade máxima de 155 km/h e 17,5 s para acelerar de 0 a 100, e o acabamento rompia com a simplicidade tradicional dos modelos da marca do carro do povo. Era luxuoso, tinha bancos anatômicos revestidos de couro e os cintos de segurança eram de três pontos. O painel e o console central formavam uma única peça e a instrumentação era completa: além de velocímetro com hodômetro parcial, vinha com conta-giros, marcador de temperatura do óleo, amperímetro e relógio. Os freios dianteiros eram a disco e os pneus eram radiais - este item fora introduzido pelo Opala, em 1968. O SP2 media 4,21 m de comprimento e 11,6 cm de altura em relação ao chão. Esta última dimensão costuma limitar o uso do veículo a estradas asfaltadas, o que não é o caso brasileiro. Conta-se que o nome SP foi uma homenagem ao estado de São Paulo, onde o carro foi projetado. Desde o lançamento, o esportivo da marca de Wolfsburg não sofreu mudanças, e assim seguiu até ser descontinuado, em 1976.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tipo brasileiro (1995 - 1997)

O Tipo 1.6 i.e. italiano (acima) foi um fenômeno de vendas entre os importados, mas seu correspondente nacional (abaixo), de vida curta, não conseguiu repetir o sucesso da versão estrangeira.

Lançado em outubro de 1995, o Tipo nacional vinha somente com motor 1.6, mas alimentado a injeção multiponto e somente com cinco portas, pois na mesma época o médio da Fiat saiu de linha na Europa, o que resultou no fim das opções 1.6 i.e. 3 portas, 16V e SLX, estas duas últimas com o motor de 2 litros. O hatch brasileiro conservou as qualidades do seu correspondente que havia sido descontinuado no país de origem, como conforto, boa dotação de equipamentos e bom espaço interno, mas não conseguiu repetir o sucesso deste, pois perdeu o charme e o status de carro importado. O primeiro ano-modelo do Tipo nacionalizado foi 1996. Nesta linha, marcou por ter sido o primeiro carro fabricado aqui a trazer bolsas infláveis - um exemplar foi faturado um dia antes do de um Vectra de segunda geração assim equipado, que estreara na mesma época. Para 1997, não teve nenhuma melhoria expressiva. Em junho do mesmo ano, depois de 20 meses, a versão nacional do médio da Fiat deixava de ser produzida, deixando a marca italiana a pé no segmento, pois o Brava só seria lançado para seu lugar em 1999.