O SP2 agradou pelo arrojo das linhas, mas decepcionava no desempenho e saiu de linha rapidamente, devido as estratégias de marketing da matriz alemã da Volkswagen.
Lançado em 1972, o SP2 era um esportivo construído sobre a plataforma da Variant e tinha motor 1.7 - derivado do 1.6 que equipava o restante da linha Volkswagen refrigerada a ar. Foi lançada uma versão chamada SP1, com esta última motorização, mas que não chegou a ganhar as ruas. O SP2 foi a versão que prevaleceu, mas tinha o mesmo fraco desempenho do SP1, que sonegou a esportividade que o modelo propunha com as linhas arrojadas, e os consumidores o apelidaram de "Sem Potência". Outro detalhe que depôs contra este esportivo era a carroceria em aço, que o deixava mais pesado que os Puma (feitos de fibra de vidro e que ofereciam melhor desempenho). O preço deste VW era elevado por conta da produção em pequena escala, e o que se pagava nele dava pra comprar dois Fusca 1.3. Os números de desempenho eram velocidade máxima de 155 km/h e 17,5 s para acelerar de 0 a 100, e o acabamento rompia com a simplicidade tradicional dos modelos da marca do carro do povo. Era luxuoso, tinha bancos anatômicos revestidos de couro e os cintos de segurança eram de três pontos. O painel e o console central formavam uma única peça e a instrumentação era completa: além de velocímetro com hodômetro parcial, vinha com conta-giros, marcador de temperatura do óleo, amperímetro e relógio. Os freios dianteiros eram a disco e os pneus eram radiais - este item fora introduzido pelo Opala, em 1968. O SP2 media 4,21 m de comprimento e 11,6 cm de altura em relação ao chão. Esta última dimensão costuma limitar o uso do veículo a estradas asfaltadas, o que não é o caso brasileiro. Conta-se que o nome SP foi uma homenagem ao estado de São Paulo, onde o carro foi projetado. Desde o lançamento, o esportivo da marca de Wolfsburg não sofreu mudanças, e assim seguiu até ser descontinuado, em 1976.
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