O Pointer se destacou pela beleza de suas linhas e foi eleito o Volkswagen mais bonito do mundo, mas as deficiências de projeto e o fim da Autolatina o mataram rapidamente. Na foto, o esportivo GTi.
Apresentado no final de 1993, porém vendido somente no segundo semestre de 1994, o Pointer era a versão hatch do Logus. Era construído sobre a plataforma de Escort e Verona, e vinha em acabamentos CL (de entrada, com motor 1.8), GL (intermediário, que tinha como padrão a mecânica do CL, mas podia receber o motor 2.0 opcionalmente) e o esportivo GTi, que vinha somente com o de 2 litros, todos já com injeção eletrônica (monoponto no motor menor e multiponto no de maior litragem). Destacou-se pelo design moderno, e foi considerado o VW mais bonito do mundo pelo então presidente da matriz alemã, Ferdinand Piech. Tinha cinco portas, enquanto o Escort, do qual ele deriva, tinha três. Esta foi uma estratégia de marketing inadequada da Autolatina, com o pretexto de evitar a concorrência entre os dois. Ao apresentá-lo a imprensa, a marca de Wolfsburg optou por um câmbio excessivamente curto no esportivo, o que trazia agilidade nas retomadas, mas limitava a velocidade máxima e aumentava o nível de ruído, atingindo o limite de giros do motor. Outro problema sério era a distribuição de peso desequilibrada, cujos pesos eram de 730 kg sobre o eixo dianteiro e 460 kg sobre o eixo traseiro. Com apenas três meses de início das vendas, o carro sofre um golpe: o fim da Autolatina. Mesmo assim, continuou sendo produzido normalmente graças ao acordo em que Ford e Volkswagen suportariam produtos híbridos, que durou até 1996, no qual a marca americana fazia a plataforma da linha Logus/Pointer e o propulsor AE-1000 para equipar o Gol, e a marca alemã produzia Versailles e Royale para serem vendidos pelas concessionárias da montadora do oval azul. Para 1995, o hatch é apresentado nas mesmas versões e não recebe mudanças significativas, apenas novas opções de cores externas e a oferta de motores a álcool. O Pointer oferecia itens interessantes como volante com regulagem de distância e rádio/toca-CD com equalizador gráfico no acabamento GTi, como nos Escort Ghia, XR3 e Conversível, Logus GLS e Verona Ghia. Em 1996, nenhuma mudança relevante. Em meados deste ano, só mudou a nomenclatura das versões: em vez de CL, GL e GTi, passou a ser 1.8 e GTi, e com o fim do acordo em que Ford e Volkswagen suportariam os carros da Autolatina, o Pointer deixava o mercado com apenas dois anos.
Taí um carro que estranhamente não fez sucesso! E aparentemente tinha tudo para ser o real sucessor do passat.
ResponderExcluirO Pointer realmente não teve sucesso, devido em parte ao encerramento da Autolatina - é um Volkswagen, mas feito sobre a plataforma do Escort de segunda geração, assim como o Logus. Esse compartilhamento de mecânica e plataforma acabou causando problemas para os carros frutos da parceria da Ford com a Volkswagen. Outro motivo que explica o insucesso do Pointer são as falhas de projeto mencionadas no texto.
ExcluirA própria VW o matou. Ainda em 94 fora lançado os Golf GTI e Gol GTI (bolinha). Em 95 vieram o Golf GL 1.8 e GLX 2.0 de 4 portas, trazendo um imenso fogo amigo dentro da VW. O Pointer sofria muito com acabamento e a suspensão dianteira frágil (assim como toda linha Escort\Verona\Logus). Já o Golf, assim como Astra e Tipo gozava do status de carro importado, além claro de ser mais confiável.
ExcluirVocê se confundiu Felipe. O Golf GTI era importado, mas vinha somente com três portas. Ainda em 94 a Volkswagen o importou e lançou o Gol GTI bola no segundo semestre, para a linha 1995. O Pointer ainda tinha outros sérios problemas que mencionei acima no texto, e mais: a distribuição desequilibrada de peso provocava saídas de frente nas curvas, segundo a reportagem publicada na revista Quatro Rodas n° 401, de dezembro de 1993.
ExcluirJuliano, o Pointer poderia ser um sucesso pelo design moderno e elogiado na época, até pelo então presidente da matriz alemã da Volkswagen, que o considerou o Volkswagen mais bonito do mundo. Mas as deficiências do projeto e o fim da Autolatina determinaram o insucesso. O Pointer trazia, na versão GTi, itens muito interessantes como CD Player com equalizador, volante com regulagem de distância, bancos Recaro com regulagens de altura e de apoio lombar, teto solar elétrico, enfim um pacote de equipamentos de puro bom gosto.
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