A Panorama teve pouco sucesso por conta de suas linhas, que passavam a impressão de ser um carro feio e desajeitado. Mas tinha grande espaço interno e de bagagens.
Lançada em 1980, a Panorama
era o modelo perua da linha 147. Se destacava pelo grande porta-malas, mas
estilisticamente não fazia unanimidade, em especial pelo teto de dois
níveis. Tinha o mesmo motor 1.3 do
carro de quem deriva, já vinha com a frente Europa e seu peso era de 840 kg, 50 a mais que o 147. No tanque
cabiam 52 litros, contra 38 do hatch, que logo foi atualizado nessa parte para ampliar a autonomia, já que naquele tempo os postos fechavam
nos fins de semana sob o pretexto de poupar gasolina, tendo sido o Brasil o
único país a adotar essa medida ridícula e sem sentido. Não havia necessidade
por que aumentou o consumo de diesel, levando a necessidade de mais petróleo e a
situação descabida de se manterem petroleiros ancorados com gasolina. A perua
conservou duas qualidades do 147: as ótimas estabilidade e economia de
combustível, mas conservou defeitos crônicos deste como a baixa durabilidade da
correia dentada e o câmbio de engates difíceis. Na linha seguinte não houve
grandes alterações. Em 1983 a Panorama ganhou câmbio de 5 marchas, nova
frente igual a do Spazio e novos pára-choques, e podia ser adquirida em
acabamentos C (de entrada) e CL (top de linha). A perua tinha como virtude, além do
grande porta-malas, um aproveitamento de espaço melhor que o das concorrentes
Parati e Marajó, apesar da menor distância entre-eixos (2,22 m, ante 2,35 m da
perua da Volkswagen e 2,39 m da perua da General Motors). Ambas são mais atrasadas
tecnicamente, por usar motor longitudinal e no caso da perua Chevette, tração
traseira, que dá a esta vantagem para trafegar em pisos de pouca aderência e um bom esterçamento. Para
1984, 1985 e 1986, nenhuma mudança relevante. Neste último ano, com o sucesso da
linha Uno e o consequente declínio da linha 147, a Panorama saiu de cena e cedeu seu lugar para a Elba, derivada do então novo modelo compacto da Fiat.
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