A primeira geração do Vectra era recheada de qualidades: vinha bem equipada em todas as versões, era confortável, tinha bom espaço interno, porta-malas grande, modernidade, sofisticação e muita tecnologia, mas fez pouco sucesso e durou apenas 30 meses por conta do baixo índice de nacionalização de componentes, do preço alto (próximo ao do Omega) e por que o Monza continuou vendendo bem e tinha altos graus de satisfação. Na foto acima, um GSi 2.0, que tinha um desempenho pujante, com velocidade máxima de mais de 200 km/h e aceleração de 0 a 100 em 8,5 s; na de baixo, um CD 2.0, requintado e sóbrio, como convém a um carro de luxo. Este trazia transmissão automática de 4 velocidades (opcional).
Lançado em 1993, o Vectra de
primeira geração vinha para substituir o Monza Classic. Tinha um conjunto
interessante, mas seu preço final era muito alto (próximo ao do Omega, de porte maior), uma
vez que vinha para enfrentar Tempra, Santana, Versailles e médios de luxo
importados, e o índice de nacionalização de componentes era baixo (35%). A estratégia
da General Motors foi de colocar o Vectra em patamar superior, pois o Monza
continuava vendendo bem, com altos graus de satisfação dos proprietários e
conquistou fãs que não admitiam a hipótese de vê-lo sendo descontinuado. Esta
primeira geração foi apresentada no final de 1993, já como modelo 1994, e era
oferecida em três versões: GLS (de entrada), CD (de luxo) e GSi (esportiva). As três
vinham com grade pintada na cor do veículo, freios a disco nas quatro rodas, destravamento
automático das portas em caso de acidente e barras de proteção nas portas. Nas
superiores havia ainda extensão das lanternas traseiras, pára-choques e
retrovisores pintados na cor do carro, desembaçador dos retrovisores e vidros
elétricos com função um toque e proteção antiesmagamento, além de faróis de
neblina com superfície complexa e ajuste elétrico do facho dos principais. As
duas primeiras vinham com motor 2.0 a injeção multiponto Bosch Motronic (com 116
cv), como no Omega GLS, mas em posição transversal e com tração dianteira, ante
posição longitudinal e tração traseira deste, e a esportiva tinha motor 2.0 de 4
válvulas por cilindro, com potência de 150 cv e recursos técnicos interessantes: injeção eletrônica
seqüencial Bosch Motronic, coletor de escapamento de aço inoxidável, corpo de
injeção com duas borboletas, cárter de alumínio, resfriador de óleo, sensor de
detonação e duplo comando com árvores ocas. As válvulas de escapamento deste
eram refrigeradas a sódio. O CD oferecia opcionalmente câmbio automático de
quatro marchas, com três programas de funcionamento (econômico, esportivo e de
inverno), mais bloqueio do conversor de torque em terceira e quarta e trem de
engrenagens epicicloidais. A dotação de itens de conforto e conveniência era das
melhores: tinha itens interessantes como ar-condicionado com extensão para o
porta-luvas, regulagem de altura dos cintos de segurança dianteiros e também dos
laterais traseiros e fechamento automático dos vidros ao trancar o veículo. Os
encostos de cabeça traseiros eram fixados na estrutura do carro e o banco
traseiro tinha encosto rebatível, como Omega, Logus e Verona de segunda geração. O
Vectra GSi se diferenciava do GLS e do CD por trazer volante de quatro
raios, saias laterais, aerofólio traseiro e rodas aro 15 com pneus 195/60 com
banda de rodagem assimétrica. Seu único ponto fraco era a falta de torque em
baixa rotação, característica de motores dezesseis válvulas. Logo em seu primeiro ano-modelo, o médio da GM foi eleito o Carro do Ano pela revista Auto Esporte, título que a marca da gravata tem tradição. Para 1995, só mudaram
as opções de cores externas, as lanternas traseiras passaram a ser em tom
fumê, e chegavam dois concorrentes importados: o Ford Mondeo e o VW Passat. Em 1996, nenhuma mudança relevante, apenas novas cores. Em março do mesmo ano, o Vectra de
primeira geração saía de cena, para dar lugar a segunda geração, que vinha também
para encerrar a carreira do Monza a partir de setembro seguinte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário