O BR-800 marcou pela economia e pela facilidade para manobrar e estacionar, e usava componentes mecânicos de diversos carros. Mas o preço era alto para um modelo com menos de 1000 cilindradas, o que significa que a Gurgel não conseguiu fazer dele o carro mais barato do Brasil, título que na época pertencia ao Chevette.
Lançado em fins de 1988 já como modelo 1989, o BR-800 marcou por ser o primeiro carro totalmente construído pela Gurgel. Tinha motor de 800 cilindradas com dois cilindros, 33 cv de potência e 6,2 mkgf de torque, com o que se obtinha velocidade máxima de 110 km/h e aceleração de 0 a 100 em 34 s. Aproveitou os freios e a transmissão do Chevette e as maçanetas externas do Uno. A suspensão traseira era de molas semi-elípticas, como nas picapes Pampa e F-1000, os vidros laterais eram corrediços
e não havia a terceira porta, pois o porta-malas se abria através do vidro traseiro. Media 3,19 m de comprimento e 1,90 m de distância entre-eixos, o que se por um lado o tornava um carro fácil de manobrar e estacionar, por outro lado prejudicava a estabilidade como o tipo de suspensão adotada atrás. Para 1990, passou a vir em acabamentos básico e SL. O primeiro vinha com rodas de aço e não tinha supercalotas, tampa do porta-luvas, rádio e retrovisor do lado direito, itens de série no superior. Em 1991, seu derradeiro ano, foi adotada uma clarabóia na capota (teto zenital), por que o interior esquentava muito. O BR-800 foi muito criticado por ser desconfortável e pelo preço (mais caro que um Uno Mille), e acabou saindo de linha.